1922 – 1967

Biografia

Antonio Bandeira (Fortaleza, Ceará, 1922 – Paris, França 1967). Começa a pintar em Fortaleza, nos primeiros anos da década de 1940. No período, a cidade vive uma intensa movimentação artística. Junto com outros artistas, como Mário Baratta (1914-1983), Raimundo Cela (1890-1954) e Aldemir Martins (1922), Bandeira criou, em 1941, o Centro Cultural de Belas Artes, que pretendia mobilizar a cultura visual cearense. Em 1945, o artista, com Inimá de Paula (1918-1999), Raimundo Feitosa e Aldemir Martins, muda para o Rio de Janeiro, encorajado por Jean-Pierre Chabloz (1910-1984), que articula uma exposição destes artistas cearenses na Galeria Askanasy. Seu trabalho é bem recebido e Bandeira ganha uma bolsa da Embaixada Francesa para estudar em Paris, seguindo para lá em abril de 1946. Estuda pintura, desenho e gravura na École Nationale de Beaux Arts e na Academia de La Grande Chaumière.
A convivência do artista, desde o fim dos anos 1940, com o alemão Wols (1913-1951) e Camille Bryan colabora para a guinada de seu trabalho para uma pintura mais gestual, abstrata e aberta a sugestões ligadas ao automatismo surrealista. Ainda em 1948, Bandeira participa da mostra La Rose des Vents, na Galérie des Deux Ilés. Bandeira volta ao Brasil em 1951 e monta um ateliê no Rio de Janeiro com José Pedrosa (1915-2002) e Milton Dacosta (1915-1988). Em abril, apresenta sua primeira grande exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP. Ao receber prêmio na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, o artista volta a Paris e expõe em Londres, Nova York e produz um painel para o Palácio de Belas Artes de Bruxelas, em 1958. Bandeira permanece na França até 1959, quando retorna para uma temporada bem sucedida de exposições no Brasil, entre elas, uma grande exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM/BA em 1960 e a 5ª e a 6ª Bienal Internacional de São Paulo.

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