1928 –

Biografia

Nasceu em Mendoza, Argentina. A obra do artista argentino Julio le Parc é um marco pioneiro dentro do contexto da arte cinética. A primeira mostra desta tendência – Le Mouvement – foi realizada em 1955, pela galeria Denise René, de Paris. Ela reunia trabalhos de Calder, Duchamp e Yves Klein, entre outros. Mas foi em 1960, com a criação do Groupe de Recherche d Art Visuel (Grav), do qual le Parc foi um dos fundadores, que a arte cinética ganhou uma referência permanente. Contra manifestações artísticas em circuitos fechados, o grupo apresentava-se em lugares alternativos e mesmo nas ruas. Entretanto, é importante frisar que le Parc sempre ocupou de um leque amplo de linguagens em toda sua trajetória. A pintura tem igualmente um papel central em sua obra, e também ela lida, ao seu modo, com a questão do movimento. Em grande parcela de sua produção a luz é a protagonista. Através dela surge o movimento, os brilhos, as transparências. Seus móbiles e esculturas são construídos de modo a deixar que a luz produza os efeitos. A obra de le Parc notadamente promove uma espécie de encantamento lúdico no espectador, que é mobilizado pela obra, sendo chamado ativamente a participar. É neste engajamento simultâneo entre beleza estética e participação, praticado desde os anos 1960, que habita o singular caráter político da obra do artista argentino.

Julio Le Parc
Alchimie 235 - acrílica sobre tela - medindo 81x60cm.- assinado e datado 1996 no verso.
Julio Le Parc
"Continuel Lumiére á cylindres" - escultura com quatro luzes giratórias dentro de espelhos - medindo 63x50x16 cm. - Edição 82/100.