1928 – 2020

Biografia

Artista cinético, pintor, desenhista. Em 1932, mudou-se com a família para a região onde, atualmente, se localiza o Estado de Israel. De 1942 a 1945, estudou na Escola Técnica Montefiori em Tel Aviv e se especializou em motores de explosão. Iniciou seus estudos de arte no ateliê do pintor Haaron Avni e do escultor Sternshus e estudou estética com Shor. Frequentou o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, entre 1943 e 1947. Retornou ao Brasil em 1948, e se instalou no Rio de Janeiro. Conviveu com os artistas Ivan Serpa, Renina Katz e Almir Mavignier. Com este último frequentou a casa do crítico de arte Mário Pedrosa e conheceu o trabalho da doutora Nise da Silveira, no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro. O contato com os artistas e as discussões conceituais com Mário Pedrosa fazem Palatnik romper com os critérios convencionais de composição, abandonar o pincel e o figurativo e partir para relações mais livres entre forma e cor. Por volta de 1949, iniciou estudos no campo da luz e do movimento, que resultam no Aparelho Cinecromático, exposto em 1951 na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, onde recebeu menção honrosa do júri internacional. Em 1954, integrou o Grupo Frente, ao lado de Ivan Serpa, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Franz Weissmann, Lygia Clark e outros. Desenvolveu a partir de 1964 os Objetos Cinéticos, um desdobramento dos cinecromáticos, mostrando o mecanismo interno de funcionamento e suprimindo a projeção de luz. O rigor matemático é uma constante em sua obra, atuando como importante recurso de ordenação do espaço. É considerado internacionalmente um dos pioneiros da arte cinética.

Abraham Palatnik
Alfa 1 - relevo sobre cartão - tiragem 5/100 - medindo 36x36cm.- assinado e datado 1982 no canto inferior direito.
Abraham Palatnik
Sem título - acrílica sobre madeira - medindo 109,9x169,9cm.- assinado e datado 2015 no verso. (Registro).